Não é de hoje que a luta para conquistar o direitos das mulheres surgiu. Por vários anos, nós sofremos com discriminações e com a desigualdade nos direitos. Após muitos anos de luta, fomos conquistando o nosso espaço em vários lugares na sociedade, mas ainda é uma realidade que, em vários países, principalmente no Oriente Médio e em algumas partes da Ásia, as mulheres permanecem submissas a regimes que as escravizam, torturam e matam por considerá-las como inferiores e submissas.
Estamos vivendo atualmente um período de tensões, o que vemos no Afeganistão, com a retomada do poder pelo Talibã – movimento fundamentalista islâmico que, até o ano de 1990, restringia os diretos e a liberdade da população, principalmente mulheres e crianças e que nos últimos dias, retomou com força e tomaram o poder.
Essas mulheres, durante esse período, sofriam diversos traumas como: eram submissas aos seus cônjuges e agredidas, meninas eram obrigadas a casarem ainda novas, além de serem apedrejadas em casos de adultério, o que para uma sociedade civilizada, é considerável inimaginável que isso ainda aconteça nos dias de hoje.
Mas antes, vou falar um pouco para você sobre a importância de como, ao longo da história, a luta dessas mulheres e a importância da preservação desses direitos.
Vamos lá?
Como surgiram os direitos das mulheres?
Logo no início das primeiras civilizações, nós sequer tínhamos direitos, éramos proibidas de frequentar escolas, de estudar e éramos voltadas apenas para gerar filhos e cuidar da família, e acreditem, nem éramos reconhecidas como cidadãs.
Por muitos e muitos séculos nós éramos excluídas de qualquer atividade que fosse fora do ambiente familiar, até a Revolução Francesa, em 1978, mas apenas em 1791, quando a artista e escritora Olympe de Gouges publicou uma “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã”, reivindicando o direito das mulheres de poder ‘’subir na tribuna’’ e da igualdade dos direitos.
Nós só tivemos os direitos reconhecidos, acredite, nos anos 70, quando nós tivemos um ano voltado pela luta de seus direitos, em 1975, conhecido como “O Ano Internacional das Mulheres” e a “1° Conferência Mundial Sobre a Mulher”, organizada pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
E sabe quando o dia 8 de março foi reconhecido como o Dia Internacional das Mulheres? Apenas em 1977, quando as Nações Unidas reconheceu essa data histórica. Mas no Brasil apenas no ano de 1934 o voto feminino passou a ser previsto na Constituição Federal.
E por fim, talvez um dos marcos mais importantes na luta pelos direitos das mulheres, em 1979, quando foi criada a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres”, que promovia o enfrentamento a todas as formas de discriminação, além de promover a igualdade em relação a todos os direitos das mulheres, sejam civis, econômicos e de voto entre homens e mulheres.
A importância dos direitos da mulher na sociedade atual
Agora que você sabe como surgiram alguns dos nossos direitos, você entende o quanto se estendeu essa luta pelo direito básico de conviver em sociedade de forma igualitária.
Várias mulheres sofreram ao longo da história, e como eu falei lá no comecinho para vocês, essa luta continua.
Claro que vivemos num país onde a constituição assegura esses direitos, mas ainda vivemos num período onde nós, mulheres, sofremos preconceitos, e em muitos casos sofrem assédio em ambientes coorporativos, na ruas, nas escolas e até em casa.
O que vem acontecendo no Afeganistão é apenas a ponta desse “iceberg” que representa tudo o que nós, mulheres vêm sofrendo nos dias de hoje. É uma representação do quanto ainda existe uma disparidade enorme na igualdade entre os gêneros.
Muitas pessoas não enxergam esses problemas, mas acredite, ele está ali e precisa ser combatido. E que mesmo sendo “livres” no nosso país ainda temos muitas mulheres que vivem sem acesso aos seus direitos.
A história mostra o quanto nós somos fortes e que tudo isso vai muito além do direito de apenas poder usar a roupa que deseja, mas de poder sair em segurança, de não sofrer abusos ou discriminação por serem o que são, e claro, de terem seus direitos de escolha e de serem representadas na sociedade de forma igualitária.